domingo, outubro 22, 2006

Adorei...
Uma bela menina que visita os meus blogs, disse-me que pela minha escrita parecia apetecível! Lembrei-me de um episódio do Sexo e a Cidade em que a Samantha catalogava os homens se seriam "fuckables" (comíveis, numa tradução suave) ou não. Perguntei se ela achava se este adjectivo estaria melhor! Ela disse que realmente era uma bela denominação... E eu adorei a denominação... Nada como ser "fuckable"!!!!

sábado, outubro 21, 2006

Tive de me rir...
Uma rapariga ia de costas para mim no autocarro. A certa altura entra um senhor com os seus 40 anos, e olha para a zona do peito da rapariga (com os seus 20 anos)! O seu olhar foi de surpresa e depois de apreciação, mas nada de tarado. Ela levanta-se e diz. "O senhor está farto de olhar para as minhas mamas!" e dirige-se para a porta a olhar com ar de nojo. Eu vi o decote (grande) e vi o tamanho dos seios (enormes) e tive de rir.. Primeiro porque acho que ele não fez nada de pervertido e segundo porque aquela menina quando saiu de casa com certeza não esperava que nenhum homem olhasse para aquele gigantesco pormaior....

segunda-feira, outubro 16, 2006

As pessoas parecem não ter entendido muito bem aquilo que eu disse. Confundiram o facto de eu dizer que sou low profile com achar que eu sou sonso! Ora bem, como nestas coisas eu não gosto de deixar dúvidas, deixo-vos aqui mais uma citação. Desta vez o filme é o fabuloso Suspeitos do Costume:

The greatest trick the devil ever pulled was convincing the world he did not exist.

Espero que agora compreendam...;)

sábado, outubro 14, 2006

Num dos meus filmes favoritos, O Advogado do Diabo, Al Pacino diz:

"There's this beautiful girl just fucked me forty ways from Sunday... we're done, she's walking to the bathroom, she's trying to walk, she turns... she looks... it's me. Not the Trojan army just fucked her. Little ol' me. She gets this look on her face like: "How the hell did that happen?"" ...

Pois bem, esta é uma bela explicação para preferir passar despercebido... Quem é vaidoso só pode desiludir, quem mantém as expectativas baixas, só pode surpreender...:D

quinta-feira, outubro 12, 2006

Não é físico...o motivo para alguém me achar interessante! Sei bem disso. Aliás, sei-o com um sorriso. Sei que me consigo apagar e tornar invisível e desinteressante. Sei que é possivel uma mulher passar por mim e nem sequer me olhar. Mas aprendi que isso é bom...

Os homens demasiado bonitos nunca estão sozinhos, porque são troféus. Mas ao serem troféus e alvos de cobiça, são alvos de ciúmes, e isso é um tormento. O segredo é ser encantador o suficiente, saber ser interessante (mesmo que isso só exija um sorriso), sem ser estonteante. Um homem (e uma mulher) demasiado bonito cansa. Não que esse homem seja perfeito (tal não existe), mas porque uma mulher pensa ter de fazer mais que tudo para o manter. E o tudo pode estragar relações...

Há dias uma das belas comentadoras deste espaço disse que os homens procuram nas mulheres a fugira da mãe. Até pode ser, mas isso representa o início do fim! Ao ser apaparicado, ele é domesticado, e ao ser domesticado, ele não procura seduzir. E isso, minhas amigas e amigos, é o maior passo para ele ser desinteressante...

Não é físico..o motivo que me faz seduzir e ser seduzido... É tudo o resto...

terça-feira, outubro 10, 2006

Comentei aqui o livro Equador, mas guardei o melhor da análise para este espaço. Confesso que o que mais gosto nos livros são as personagens. Gosto do contexto, da trama, mas são as personagens que me fazem vibrar mais ou menos...
Luís Bernardo Valença não é só uma personagem demasiado elaborada e complexa. Tem os seus desvios não-lineares mas no essencial é um homem identificável. E eu identifico-me em parte... É verdade que também já tive o meu momento de sedutor "(...) por ocupação, o que atrai era o jogo de aproximação, a irresístivel tentação do objeco impossível, aquele roçar de todos os perigos, aquele arrepio do escândalo e do desejo conjugados, o triunfo final da sedução, os despojos da conquista a seus pés", e ainda hoje sinto um frémito de prazer no momento da conquista, mas nunca fui tão leviano, nem nunca acabei tão tragicamente (com o suicídio).
Quem me conhece sabe que não sou ciumento. Talvez porque perdi uma certa inocência. Confio que as mulheres sejam tão sinceras como eu, mas jamais me apanharão em falso outra vez. Já confiei cegamente e fui traído. Não sou hipócrita, já traí. Mas quando o fiz, foi por um sentimento pujante que fez com que me sentisse obrigado a acabar com a relação que tinha. Não poderia viver uma mentira, por mais que ela fosse fácil de esconder. Nada desculpa o meu acto, mas pior seria trair e continuar a relação.
Pois bem, foi ao ler as últimas palavras do livro que tive ciúmes. Sim, de uma personagem. A personagem feminina, a inglesa Ann, diz-se enamorada de Luís e Luís enamorado dela, acaba por ser descoberta por Luís na cama com o empregado negro. Ela até podia fazer com todo o exército americano, mas não dizendo que o amava...
Já disse que para mim a lealdade é mais importante que a fidelidade. Aliás, Luís Bernardo confessa ao seu melhor amigo "Não esperes nunca de mim que eu seja fiel a qualidades que não tenho. O que podes é contar com as que tenho, porque nessas não te falharei nunca."
Luís não aguenta a traição e suicida-se. Eu conhecia traição e a pena foi não mais ser surpreendido no amor. Confio mas com a reserva das desilusões. Nenhum homem é perfeito e nenhum afirma isso. Eu, pelo menos, confesso que tenho muitos defeitos. E prefiro dizê-los a esconde-los! Mas isso sou eu, e os outros (homens ou mulheres) são os outros....
Constato com um largo sorriso que as visitantes e comentadoras do meu Diário são mulheres. Bem sei que cada vez mais a blogosfera é feminina, mas é com prazer redobrado que vejo o meu espaço lido por mulheres.
Não estou aqui como representante dos homens, mas gosto do papel de me defender das vossas críticas e elogios. Porque sou homem, cheio de virtudes e defeitos...:D

domingo, outubro 08, 2006

"Morava num prédio antigo da Baixa por gosto... Tinha a possibilidade de morar num daqueles prédios novos, com belas campainhas e porteiro requintado! Mas não... O seu gosto era o cheiro a madeira e aquele elevador tão inseguro quanto fascinante. Tinha de se abrir o leque em ferro e subir vendo parede, andar, parede, andar... Até chegar ao seu terceiro andar com águas furtadas...
Naquele dia vinha particularmente contente. O dia tinha corrido bem no trabalho, e vinha com vontade de dar uma festa. Mas antes queria um banho rápido! Abriu a porta do prédio distraidamente, e nem reparou que alguém esperava o elevador... Só no último degrau, levantou a cabeça e viu-a. Da altura dele, com uma saia comprida de flanela, e uma camisa negra... Vacilava entre o belo sorriso que o olhava, o peito semi-descoberto pelos botões abertos, e a longa abertura da saia que mostrava os collants. Com dificuldade esboçou um cumprimento com os olhos! Lado a lado, esperaram o velho elevador... Ele abriu a grade, e deixou-a entrar. Entrou ele e perguntou o andar... Ela respondeu segundo! Ele sabia que aí morava apenas um casal de idosos, por isso teve uma ideia.
- Não quer antes visitar o terceiro? Tem uma vista melhor...- atirou com o seu melhor sorriso.
- Não - respondeu ela calmamente, sorrindo, ao ver o ar de desanimo dele - Mas posso levar o tempo que quiser até chegar ao segundo andar...
Com isto carregou no botão do terceiro andar. Mas foi a vez dele dar o seu toque especial. Estava o elevador entre o primeiro e segundo andar, quando ele carregou no botão de paragem. Um olhar atrevido passou dele para ela. Ele aproximou-se dela e beijou-a intensamente... Parou um instante e perguntou-lhe o nome.
- Shhhh! Aqui sou só a S.. Não precisas saber mais...

As mãos dele não paravam de procurar as pernas dela, enquanto a sua boca percorria os lábios dela, o pescoço, o peito... Abriu a camisa devagar, a saborear o momento, daquela bela mulher caída no seu prédio. Agradeceu a facilidade com que a saia dela permitia às suas mãos percorrer aquelas pernas bem feitas e apetecíveis... Perguntava-se a si mesmo se era para ir mais longe, e se ela queria ir mais longe, quando se ouviu o barulho de uma porta. Ambos olharam para cima, e só viam os pés da idosa do segundo andar.. Ouviram-na a barafustar com o elevador e temeram que ela chamasse alguém. A descarga de adrenalina acabou com as dúvidas, ja que ela virou as costas para ele e pediu para ele continuar...

Ela decidiu que visitaria os tios-avós noutro dia, porque esta noite preferia ver a vista do terceiro andar. Quanto a ele, o banho esperado e a festa desejada foram a dois..."

quinta-feira, outubro 05, 2006

"Decidiu chegar atrasado... Não era seu hábito, mas desta vez quis que ela esperasse. Queria-a bem ansiosa, expectante, desafiadora, provocante. A esplanada tinha pouca gente, talvez pela tarde encoberta, e por isso reconheceu-a logo. Estava de costas e só podia ver o cabelo solto pelos ombros. Gostava da suavidade da camisola azul clara, bem enquadrada com a luz tépida do dia. Teve uns metros para imaginar o que fazer, o que dizer...
Decidiu parar atrás dela, tapar-lhe os olhos e sussurrar ao ouvido «E se de repente, um desconhecido lhe soltasse a imaginação...».
Rodou sobre ela com o sorriso aberto. Ela era como tinha imaginado. Calma, sorridente, com uma pitada de marotice... Era tremendamente excitante agora que ela estava à sua frente! Deu-lhe dois beijos, demorando um pouco mais no segundo, de modo a sentir o perfume suave mas adocicado. Sentou-se na cadeira vazia ao lado dela e trocaram palavras introdutórias. A conversa foi deslizando na boca, mas correndo como um rio tormentoso nos olhares. Sentia no olhar dela uma proposta, que era aceite pelo seu olhar. A adrenalina, o desejo, a aventura, começava a a rebentar nos pensamentos dos dois. Depois de confirmarem ao vivo a pulsão que já existia antes, começava a haver uma atracção irresistível entre os dois. Perguntou-lhe se tinha vindo de carro, e ela assentiu com a cabeça. Um sorriso no canto da boca dela foi a deixa final. Ele pediu a conta e levantou-se. Estendeu-lhe a mão e disse: «A partir de agora, estamos apresentados. Posso ir embora ou fazermos o que ambos queremos...». Ela levantou-se e disse: «Que desperdício seria ires embora agora...»

quarta-feira, outubro 04, 2006

Olhando para as minhas relações mais estáveis, houve sempre algo que me fez confusão: o egoísmo. Descobri por estes dias que uma antiga relação longa, era muito mais egoísta do que aquilo que pensava...
Porque será que duas pessoas não conseguem manter a sua individualidade, sem laivos de egoísmo?

PS- Não falo de ti...:)