segunda-feira, março 26, 2012

Sempre gostei desta música e quando descobri que o Boss AC a escreveu a pensar na sua avó, ainda mais passei a gostar. E como ontem a minha bela Avó fez anos, aqui fica a minha homenagem à bela Julia Cardoso...

"Vivo a minha vida de improviso
enfrentando os meus fantasmas com um sorriso..."

quinta-feira, março 22, 2012

Todo o ser humano reage de forma diferente ao fim de uma relação, mas em regra existem três formas mais gerais.
Primeiro as pessoas que culpam o sentimento, no caso o amor. São aquelas pessoas que sentiram que o sentimento de entrega não vale o sofrimento do fim da relação. Ficam então mais frias, mais reservadas, menos propensas a entregar-se novamente. Até podem conhecer alguém mas sempre com o pé atrás de se envolver, de confiar na outra pessoa, de mergulhar sem ver se a piscina tem água. Nem tudo está perdido para estas pessoas mas dependem mais do processo interno de voltar a acreditar que vale a pena amar do que do surgimento de pessoas que o mereçam.
Em segundo lugar, as pessoas que culpam o sexo oposto, ou seja, que afirmam que não mais querem saber dos homens ou mulheres. É óbvio que é um estado que se caracteriza por uma maior ira, frustração, raiva. As pessoas ficam quase fora de si quando se fala na sua relação e exacerbam os sentimentos para a restante população masculina ou feminina. A maioria das vezes acontece porque a relação acabou com um acontecimento adverso qualquer que provoca uma aversão quase compulsiva ao sexo oposto. Apesar da mais virulenta, esta reacção é aquela que tende a passar mais rapidamente. Isto porque essa aversão é contra-natura à própria pessoa. É claro que ela não pode juntar todos os elementos do sexo oposto no mesmo saco e o mais usual é que apareça um alguém que se mostra como único e diferente, e a pessoa volta a envolver-se. Escusado será dizer que se por acaso a relação não corre bem, volta a dizer que é tudo a mesma coisa e não quer repetir.
Por fim, o terceiro grupo é aquele que externaliza não no sentimento nem no "outro" mas na forma, ou seja, a relação. Cada vez mais ouço pessoas a dizer que não querem namoros ou compromissos. Não é que a pessoa não queira sentir amor, carinho, paixão, desejo e muito menos que odeia o sexo oposto, é antes a assumpção que o mundo de hoje complica as relações sérias. A instabilidade económica, social, laboral, emocional, espiritual, não permite ao ser humano acreditar numa relação a longo prazo. Porque a relação a longo prazo (ou médio prazo até) pressupõe problemas e obstáculos. Pressupõe discussões, concessões, ciúmes, distância... E tudo isto exige paciência, dedicação, comprometimento, tolerância, respeito, abertura de espírito, humor e acima de tudo Amor. O Amor é um sentimento que não se compadece com pressas nem estados emocionais passageiros. Posso acreditar na paixão, no desejo, na química, à primeira vista, mas nunca no Amor. Apaixonar-se, ou melhor nomeado enamorar-se é um processo que demorar o seu tempo. É amar não só as coisas que gostamos na outra pessoa mas sobretudo as que não gostamos. É o ressonar, é o tirar-nos o lençol, é o deixar a tampa da sanita levantada, é o meter Ketchup em tudo que é comida, é o beber pelo pacote, é o deixar a roupa desarrumada, é tudo isto e mais alguma coisa. É pensar nestas coisas todas que nos tiram do sério mas que nós não conseguimos deixar de amar. São aquelas raízes que devagar se vão agarrando ao coração. E aqueles que, como eu, não conseguem deixar de acreditar neste tipo de Amor caloroso, completo, corajoso, refugia-se na não entrega de uma relação sem compromisso. A amizade colorida não é mais do que poder dar e receber afecto sem haver o receio de ser magoado. Porque as pessoas que culpam a relação mais não fazem do que querer proteger-se. Assim entregam-se mas não por completo. Tem aquela reserva que lhes permite saltar fora do barco antes de atingir o iceberg. Mas esse tipo de relação completa-nos? Não! A longo prazo é claro que não. É talvez um entretanto. Haverá quem diga que mais vale só que mal acompanhado. Calma, ninguém diz que as amizade coloridas deverão ser com qualquer um. De todo. Deverá ser uma pessoa que mereça todos os nossos sentimentos bons (menos o Amor) e vice-versa. Uma amizade colorida que não nos faça bem deve ser terminada tal como um namoro. E se acharmos que devemos estar sozinhos é porque primeiro precisamos resolver o Amor mais fundamental: Amor-Próprio!!

domingo, março 18, 2012

Estava eu a folhear o caderno principal do Expresso de Sábado, quando na página 31 vejo um anúncio. Era um anúncio ao site de encontros secondlove.pt. O slogan “flertar não é só para solteiros” já é polémico numa sociedade monogâmica e supostamente fiel, mas o que mais me chamou à atenção foi a estatística anexa: 74% das mulheres sentem-se mais atraentes quando têm um caso. Não que desconfie da sua veracidade mas de como se chegou a este número. Dentro do universo de mulheres que tem um caso, ¾ sentem-se mais atraentes? Diria que é pouco. Aliás tenho a certeza que é mais. E como questionaram as mulheres? Fiquei curioso com tudo isto…

quinta-feira, março 15, 2012

Imaginem que gostam de uma pessoa. Imaginem que essa pessoa namorou com uma personalidade famosa (fosse um actor, cantor, futebolista, etc). Imaginem agora que as coisas não correm bem com a pessoa de que gostam. Através de um fenómeno de transferência incrível passamos a não gostar de nada que tenha a ver com a celebridade, ainda que não a conheçamos pessoalmente. Não podemos ver filmes, ouvir músicas ou ver jogos que possam remotamente fazer-nos lembrar o famoso e, por consequência, a pessoa de que gostamos. Estranho? Sim, muito. Mas verídico. E é por causa disto que tenho de dar razão a Pascal: “O Coração tem razões que a própria Razão desconhece”.